terça-feira, 28 de outubro de 2008

Marketing Esportivo


INTERLAGOS, AO VIVO: Semana de Fórmula 1 em Interlagos, decisão de Felipe Massa contra Lewis Hamilton... é só o que se fala no Brasil.

Por muitas vezes as conversas também abrem espaço para especular sobre quem vai sair da Fórmula 1 em 2009, e quem vai entrar.

Barrichello fica ou sai? Lucas di Grassi e Bruno Senna entram? E quanto a Nelsinho Piquet?

Infelizmente essa conversa de botequim que o brasileiro está acostumado há décadas deve ficar cada vez mais rara, visto que estamos revelando cada vez menos talentos para o Motorsport mundial, e devemos em alguns anos ficar sem nenhum piloto na categoria máxima do automobilismo.

Mas espere..o que o marketing tem a ver com esta história?

Eu respondo: MARKETING É A PEDRA FILOSOFAL NESTA HISTÓRIA, capaz de transformar chumbo em ouro.

Apenas para informação geral:

Automobilismo é, de longe, o esporte mais caro que existe.

Uma temporada em uma categoria de preparação, como a Fórmula 3, não sai por menos de R$ 500.000,00 ao ano.

Isso restringe as coisas, e deixa centenas de potenciais "Ayrton Sennas" chegarem no máximo às pistas de Kart, sem condições de seguir a frente em suas carreiras.

Hoje o automobilismo brasileiro resiste e sobrevive às custas de garotos provenientes de famílias financeiramente privilegiadas, sendo que muitos deles, não têm a menor habilidade ao volante.

VOLTANDO AO MARKETING...

Caso não haja bons profissionais de marketing esportivo do lado dos pilotos, a legião de talentos brasileiros no automobilismo mundial não sobreviverá por muito tempo, não captando o interesse de empresas que venham a financiar seus altos custos.

Então, qual seria a função de um bom profissional de marketing esportivo?

Um bom profissional deve ver as empresas, não como patrocinadoras, mas como parceiras. Deve não apenas ir a uma reunião apresentar um projeto para patrocínio, mas sim estudar a fundo o momento de cada empresa, inserir-se nas suas expectativas, criar alternativas REAIS de interação com a empresa, devolver resultados palpáveis e não apenas o famigerado "retorno de mídia". Entender os conceitos de endomarketing, utilizar seu piloto, equipe ou categoria como instrumento de motivação aos funcionários, clientes e acionistas. Deve ir além, sugerir, criar com antecedência, levar soluções antes de propostas.

Não tenho visto isso hoje em dia. Marketing Esportivo, pelo menos no automobilismo, tem sido praticado a sério por poucos, e abre oportunidade para bons profissionais desenvolverem suas carreiras nesse ramo.

Caso você goste de analisar empresas, e tenha aquele perfil de "jogador de xadrez" que falei em meu último post, fica aí a dica para uma boa especialização.

Marketing Esportivo já! Para o bem do automobilismo, e das conversas de botequim.

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